Para muitos, a sustentabilidade tem tudo a ver com ser ecologicamente correto. Por exemplo, você pode ouvir que uma torneira pingando com uma gota por segundo desperdiça 165 galões ou 750 litros por mês – tanta água quanto uma pessoa comum usa em duas semanas. Mas se você consertar todas as suas torneiras e até mesmo começar a reciclar, isso mal cobrirá um terço do que a sustentabilidade realmente significa.
Vamos nos aprofundar e explorar a sustentabilidade em um sentido mais amplo.
História do conceito e princípios do desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável tem suas raízes no manejo florestal sustentável, apresentado pela primeira vez por John Evelyn. Durante os séculos XVII e XVIII, a Inglaterra tomou conhecimento do esgotamento dos recursos madeireiros no país. E em um ensaio de 1662, Evelyn argumentou que cada proprietário tinha que ser responsável pelo plantio de árvores e por impedir a superexploração destrutiva dos recursos naturais.
Mas foi somente em 1987 que a definição de desenvolvimento sustentável foi oficializada. No relatório Nosso Futuro Comum (o Relatório Brundtland), a Comissão Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento incluiu o seguinte:
“Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades.”
Três pilares do desenvolvimento sustentável
Exemplos de objetivos de desenvolvimento sustentável se enquadram em uma das seguintes categorias.
1. Sustentabilidade ambiental
Objetivo 13: Tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos
O pilar ambiental baseia-se no compromisso com a conservação ambiental, energias renováveis, economia de água e mobilidade, construção e arquitetura sustentáveis. As metas desta categoria visam reduzir os riscos e medir o impacto ambiental das atividades humanas.
Para seguir os princípios da estabilidade ambiental, as pessoas devem deixar de contribuir para:
- O aumento sistemático na extração e processamento de recursos naturais, especialmente os da terra, como combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), rochas e minerais
- A degradação sistemática de processos naturais, como desmatamento, pesca predatória e perda de habitat da vida selvagem
- O aumento sistemático na criação de recursos tóxicos, como plásticos e produtos químicos
2. Sustentabilidade social
Objetivo 4: Garantir uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
A sustentabilidade social visa criar uma sociedade que não prejudique sistematicamente a capacidade das pessoas de atender às suas necessidades básicas. As necessidades humanas básicas, que transcendem todos os tempos e culturas, são definidas como:
- Subsistência (comida, abrigo, trabalho)
- Carinho (amizades, família)
- Proteção (segurança social, sistemas de saúde)
- Participação (responsabilidades, deveres, direitos)
- Compreensão (literatura, políticas, educação)
- Identidade (religião, idioma, costumes, valores, normas)
- Criação (habilidades, habilidades)
- Lazer (jogos, festas, tranquilidade)
- Liberdade (direitos iguais)
As questões abrangidas pela sustentabilidade social incluem desenvolvimento comunitário, direitos humanos, diversidade cultural, saúde e bem-estar, desenvolvimento da força de trabalho, comércio ético e muito mais.
3. Sustentabilidade econômica
Objetivo 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
Os dois pilares anteriores não podem acontecer sem repensar a economia. Conceitos aparentemente não relacionados, como tributação e financiamento corporativo, estão ligados a questões ambientais e sociais.
Em outras palavras, a economia tem um enorme impacto sobre a eficácia com que as pessoas podem seguir todos os princípios de sustentabilidade. E é importante que as empresas obtenham lucros de uma maneira que respeite e defenda os outros dois pilares.
As atividades sob o pilar econômico incluem conformidade governamental e corporativa, gerenciamento de risco, práticas contábeis justas e muito mais. Alguns dos princípios já se tornaram parte integrante da Responsabilidade Socioambiental Corporativa (CSER), mas ainda não são o padrão global.
A importância do desenvolvimento sustentável nos negócios
A sustentabilidade nos negócios é boa para o próprio negócio. Em primeiro lugar, também protege a marca e mitiga riscos. Práticas impróprias – como um derramamento de óleo ou condições de trabalho inseguras – podem prejudicar a reputação de uma organização e prejudicar seus resultados financeiros.
Ser orientado por propósitos também dá às empresas uma vantagem competitiva. Melhora a eficiência operacional, atrai uma força de trabalho motivada e qualificada e ajuda a atender às crescentes demandas dos consumidores. Apenas tenha em mente que, se você parecer mais ecologicamente correto ou socialmente consciente sem agir, provavelmente criará o efeito oposto.
Desafios para melhorar a sustentabilidade nos negócios
Estas são as principais barreiras que as empresas enfrentam, especialmente as de menor porte:
- Falta de recursos: muitas empresas não têm tempo e dinheiro para implementar estratégias sustentáveis. Mas, em vez de se concentrar em coisas que não podem fazer, as empresas podem aplicar pequenas mudanças e fazer mudanças acessíveis.
- Falta de planejamento: As iniciativas sustentáveis são muitas vezes complexas e esmagadoras. Se for esse o seu caso, reduza seus esforços a uma ou duas questões-chave nas quais você pode ter o maior impacto.
- Falta de pensamento de longo prazo: A ação de curto prazo oferece ganhos rápidos. Mas negócios sustentáveis devem equilibrar ações de curto e longo prazo, mesmo que raramente garantam retornos imediatos.
Se o desenvolvimento sustentável se concentra no futuro, perdemos agora?
Não necessariamente. É verdade que seguir os princípios do desenvolvimento sustentável é um grande ajuste. Pode ser inconveniente e caro, especialmente nos primeiros estágios.
No entanto, vale a pena encontrar melhores maneiras de fazer as coisas e levar em conta a satisfação das necessidades das gerações atuais. Isso inclui não apenas os benefícios de longo prazo, mas também os de curto e médio prazo. Por exemplo, o consumo de energia sustentável economiza dinheiro e a mudança para caminhada ou ciclismo melhora a saúde.
De modo geral, o desenvolvimento sustentável consiste em tomar pequenas ações coletivamente, que resultarão em mudanças reais.